Existem alguns países da Europa que guardam em suas terras, verdadeiras joias da história humana. São castelos que datam de muitos séculos e que trazem consigo o glamour e também as marcas do passado de guerras.
A Itália é um destes países, com algumas fortalezas que foram erguidas para proteger as cidades e seus habitantes, e que hoje, sem mais serventia militar, proporcionam grandes roteiros de turismo. Para conhecê-los melhor, confira abaixo alguns dos principais castelos italianos para visitar:
Castelo Sforzesco
Como tantos outros castelos, Sforzesco foi erguido em 1368 como fortaleza para proteger a cidade, mas que com o decorrer dos anos, foi aprimorando-se por seus moradores, que foram acrescentando beleza e sofisticação às suas dependências. Ao passar dos séculos, o castelo tornou-se depósito militar e passou por diversos acontecimentos trágicos.
No século XX foi atingido por uma bomba, e depois do final da 2ª Guerra Mundial foi reconstruído para fins museológicos. Já na década de 90, foram construídas praças e uma fonte, e em 2005 foi concluído o último processo de restauração dos pátios e salas.
O Castelo Sforzesco abriga, atualmente, os museus cívicos e é um reservatório de riquezas culturais. O conteúdo exposto nos museus são magníficos e guardam obras de grandes nomes da arte mundial.
Castelo Visconteo Di Pavia
Construído em 1360 por Galiazzo II Visconti, sua primeira finalidade era ser um castelo de defesa militar. Foi erguido em apenas cinco anos, mas também se tornou residência oficial da corte esplêndida e refinada. O local foi mantido bem preservado, apesar de todas as tormentas que passou.
No castelo, havia uma biblioteca particular que em 1499 reuniu mais de 900 manuscritos, que em 1500, foram transportados para França pelo rei Luiz XII. Até hoje, estes manuscritos estão preservados, alguns na França e outros em países diversos.
Mas nem só de glamour viveu Castello Visconteo Di Pavia. Em 1525, foi travada uma grande batalha em seus pátios, e mais tarde tornou-se um quartel que permaneceu até os anos de 1920. Então, o castelo foi adquirido pelo município nas décadas de 20 e 30 do século passado e após a guerra tornou-se sede dos museus cívicos e também da Pinacoteca Malaspina cívica.
Nos últimos anos várias exposições foram organizadas, assim como alguns shows realizados durante o verão.
Castel Dell’Ovo di Napoli
Localizado em um ponto que servia de entrada para as terras italianas, a história do “Castelo do Ovo” conta que era usado como ponto de desembarque. Mais tarde, o lugar seria usado para erguer a cidade de Nápoles. Foi assim que no século I A.C., Lúcio Licínio adquiriu a ilha e construiu uma esplêndida vila, com alguns luxos – entre eles, uma biblioteca e também um viveiro de peixes importados da Pérsia.
Em tempos mais obscuros, o castelo foi fortificado por Valentiniano II, sendo moradia para os monges no final do século V, que o mantiveram até início do século X. Conforme diz uma lenda popular, no século VII A.C., o poeta romano Publio Virgilio Marone escondeu um ovo mágico nos porões do castelo para protegê-lo e também à cidade (de catástrofes e perigos). Em 1799, funcionou como fortaleza militar pela última vez, e hoje é sede de exposições e um dos símbolos turísticos da cidade.
Castel Nuevo Di Napoli
Foi erguido em 1279 a mando de Carlos I de Anjou, que achava que os outros castelos existentes na cidade não eram residência digna da realeza. Porém, permaneceu desabitado até 1285, quando foi ocupado por Carlos II de Nápoles.
O local foi reformulado no século XV e posteriormente deixou de servir como residência real, para se tornar uma fortaleza – já que estava numa localização privilegiada próximo ao porto da cidade.
Atualmente é usado como escritório do governo, e é possível fazer um tour guiado pelo castelo para conhecer suas dependências e acervos. Apesar de também ter passado por inúmeras reformas, devido aos danos sofridos ao longo dos séculos, o castelo mantém suas características originais, inclusive seus valiosos afrescos e pinturas.
Castelo Estense Di Ferrara
Toda história começou a partir de uma revolta popular contra a alta tributação por volta de 1377. Com a necessidade eminente, o marquês Niccolo II d’Este resolveu fortalecer as instalações já existentes (fortaleza militar com torres, o fosso e a ponte levadiça, que foi construída com conexão com a residência Este como rota de fuga).
Após a conclusão, Niccolo morreu sendo sucedido por seu primeiro irmão e depois por seu sobrinho ilegítimo, que fez da casa, um castelo. Com o tempo, o Castelo Estense Di Ferrara se tornou um dos personagens mais queridos e coloridos do renascentismo.
Com uma vida familiar um tanto intensa, o castelo passou por várias rebeliões. A família Este manteve seu reinado até 1597, quando por falta de herdeiros masculinos, foram forçados a abandonar o castelo – que foi destituído de todo o acervo de obras de arte acumulado pela família. Nos 400 anos seguintes, foi residência para embaixadores e invadido por tropas, até servir como escritório administrativo do conselho da cidade até a década de 1980.
Castelo Di Montalcino
É o principal cartão postal da cidade, erguido por volta de 1361 em comemoração à integração da cidade a República de Siena, que está localizada na parte central do território italiano, já próxima aos destinos no norte da Itália. Em 1555, tornou-se símbolo de resistência contra as tropas florentinas.
Como todos os castelos, é símbolo de luta e resistência do povo em defender suas cidades. Hoje, tornou-se centro gastronômico e de vitivinicultura. A cidade é pequena, porém muito orgulhosa de si mesma. Passou por duras disputas e muitos comandos, e com este passado de lutas, deixaram marcas profundas em suas histórias.